O que está acontecendo entre Brasil e Estados Unidos

Nos últimos meses, a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos entrou em rota de colisão. O governo americano anunciou tarifas elevadas sobre produtos brasileiros, e o Brasil passou a avaliar o uso da Lei de Reciprocidade para responder com aumento de impostos sobre itens importados dos EUA.

Na prática, isso significa o seguinte:

  • produtos de tecnologia importados dos Estados Unidos podem ficar bem mais caros para empresas brasileiras;

  • a pressão é maior em itens fundamentais para o mundo atual: CPUs, GPUs e softwares de infraestrutura, base de data centers e serviços de nuvem;

  • o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) sente o impacto direto, especialmente quem depende de hardware e software de fora.

Empresários do setor de data centers já vêm alertando que um aumento de tarifas sobre componentes e softwares americanos pode ser “devastador” para a competitividade da área no Brasil, justamente no momento em que a demanda por IA e serviços digitais explode.


Por que o setor de TIC é tão sensível a tarifas?

O ecossistema de tecnologia funciona em cima de cadeias globais de fornecimento. Não existe “TI isolada”:

  • as principais CPUs e GPUs usadas em servidores e workloads de inteligência artificial vêm de fabricantes sediados nos EUA;

  • grande parte dos softwares de virtualização, banco de dados, sistemas operacionais e ferramentas de gestão de data center é desenvolvida por empresas americanas;

  • provedores globais de nuvem também estão fortemente conectados à indústria de semicondutores norte-americana.

De acordo com dados citados por empresários do setor de data centers, cerca de 92% do software importado para expansão de centros de processamento de dados no Brasil tem origem nos Estados Unidos.

Se esse tipo de produto sofrer aumento de tarifa na entrada do país, o efeito em cadeia é imediato:

  • projetos de expansão de data centers ficam mais caros;

  • serviços em nuvem tendem a repassar parte desse custo;

  • empresas que dependem de infraestrutura digital podem ver seus investimentos de TI apertarem ainda mais.

Data centers, IA e nuvem: onde a conta pesa mais

O momento não podia ser mais sensível: o mercado inteiro corre para acelerar projetos de IA, automação e digitalização de processos.

Para isso, empresas precisam de:

  • mais poder de processamento (CPUs e GPUs);

  • mais capacidade de armazenamento;

  • mais conectividade e redundância;

  • mais software de gestão, segurança e orquestração.

Se os equipamentos e softwares importados dos Estados Unidos forem taxados com alíquotas maiores, três efeitos aparecem rápido:

  1. Aumento do custo de CAPEX
    Comprar ou renovar servidores, appliances de segurança, storage e licenças fica mais caro.

  2. Tensão no OPEX dos serviços em nuvem
    Provedores e integradores que utilizam infraestrutura baseada em componentes importados podem repassar o aumento de custos às mensalidades.

  3. Risco de atraso em projetos estratégicos
    Empresas podem adiar migrações para nuvem, modernização de datacenters e implantação de novas soluções por conta do orçamento mais apertado.

Estudos recentes sobre o “tarifaço” indicam que medidas desse tipo podem levar à perda de milhares de empregos no setor de TIC e à redução de investimentos em tecnologia no país, caso não haja uma estratégia clara de adaptação.


PMEs e setor de serviços: o elo mais vulnerável

Quando se fala em tarifas, muita gente pensa só em gigantes de tecnologia. Mas o impacto bate forte também em pequenas e médias empresas, especialmente:

  • escritórios de contabilidade, advocacia, arquitetura, consultórios;

  • empresas de serviços que dependem de sistemas de gestão, ERPs, CRMs e ferramentas em nuvem;

  • software houses e integradores regionais.

Essas empresas já lidam com:

  • câmbio volátil;

  • custo alto de internet, energia e equipamentos;

  • carga tributária pesada sobre tecnologia.

Adicionar mais um fator de encarecimento em hardware e software importado significa:

  • orçamentos de TI mais enxutos;

  • decisões de “empurrar com a barriga” modernizações importantes;

  • aumento do risco de manter infra legada e vulnerável, abrindo brecha para incidentes de segurança e indisponibilidade.


Independência tecnológica não é isolamento: é estratégia

O debate sobre tarifas reacende uma discussão antiga: dependência de tecnologia estrangeira versus desenvolvimento local.

Aqui entra um ponto importante: independência tecnológica não é “fechar fronteiras” ou desprezar o que vem de fora. É:

  • reduzir vulnerabilidade a decisões unilaterais de outros países;

  • misturar fornecedores e arquiteturas para não ficar refém de um único ecossistema;

  • desenvolver competência local em infraestrutura, segurança, armazenamento e serviços gerenciados.

Mesmo em um cenário de tarifas mais altas, as empresas brasileiras podem — e devem — usar o momento para:

  • rever a arquitetura de TI;

  • identificar onde estão as maiores dependências externas;

  • fortalecer soluções que tragam governança, previsibilidade de custo e continuidade de negócio.


Como as empresas podem se preparar para esse cenário

Alguns movimentos práticos ajudam a diminuir a exposição a esse tipo de choque:

  1. Mapear a dependência de componentes importados
    Entender quais projetos e serviços dependem diretamente de hardware e software cotados em dólar e sujeitos a tarifas.

  2. Rever a estratégia de nuvem e data center
    Avaliar se a combinação de nuvem pública, privada e infraestrutura local está otimizada — inclusive em termos de custos e resiliência.

  3. Fortalecer a segurança e a continuidade do negócio
    Não basta investir em mais hardware; é preciso garantir proteção, monitoramento e capacidade de recuperação rápida em caso de incidente.

  4. Apostar em gestão centralizada de infraestrutura
    Quanto mais complexa a cadeia de fornecedores, mais importante ter visibilidade única da saúde dos servidores, links, VPNs, firewalls e serviços críticos.

  5. Estruturar política séria de backup e armazenamento
    Em um cenário de incerteza, backup confiável e bem planejado vira seguro de sobrevivência digital.

É justamente nesses pontos que soluções especializadas ganham relevância.


Como a Neologik pode ajudar sua empresa nesse contexto

As tarifas e instabilidades externas fogem do controle de qualquer empresa.O que dá para controlar é como sua TI está organizada, protegida e preparada para reagir.

Os produtos da Neologik dialogam diretamente com esse momento:


Neologik Flow – Soluções Cloud

  • Organização da infraestrutura em nuvem com foco em eficiência, governança e previsibilidade de custos.

  • Ajuda a reduzir desperdícios, otimizar recursos e equilibrar a combinação entre nuvem e ambiente local — algo essencial quando hardware e licenças ficam mais caros.

Neologik Safe – Soluções de Cyber

  • Camada de proteção para usuários, servidores e serviços, com foco em detecção, resposta e redução de superfícies de ataque.

  • Em um cenário de investimentos mais pressionados, não dá para compensar a falta de segurança com “mais hardware”. É preciso inteligência, monitoramento e política bem desenhada.

Neologik InfraOne – Infra como Serviço

  • Gestão centralizada da infraestrutura, incluindo servidores, rede, links e ativos críticos.

  • Facilita acompanhar a saúde do ambiente, planejar crescimento de forma mais precisa e tomar decisões embasadas, mesmo com volatilidade de preços e tarifas.


Neologik BackupGuard – Soluções em S3

  • Plataforma de backup em armazenamento compatível com S3, com foco em proteção, retenção e recuperação.

  • Em um mundo em que hardware e licenças ficam mais caros, perder dados por falta de backup adequado é um luxo que nenhuma empresa pode se dar.

Conclusão: cenário turbulento, mas previsível para quem se planeja

As tarifas entre Brasil e Estados Unidos colocam pressão extra sobre um setor que já vive de margens apertadas, câmbio instável e forte dependência de componentes e softwares importados.

Para quem olha apenas o noticiário, o cenário pode parecer puramente negativo. Para quem olha a arquitetura de TI da própria empresa, a leitura muda:

  • dá para reduzir exposição a riscos externos;

  • dá para aumentar previsibilidade de custos;

  • dá para fortalecer segurança e continuidade do negócio.

Nesse contexto, soluções como Flow, Safe, InfraOne e BackupGuard deixam de ser “só tecnologia” e passam a ser parte de uma estratégia de sobrevivência e crescimento num ambiente global mais incerto.

A crise de hoje pode ser justamente o gatilho para colocar sua TI em um patamar mais profissional, resiliente e pronto para o próximo ciclo — com tecnologia para evoluir, não para complicar.

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